Preço de material escolar pode variar mais de 900% de uma loja para outra no RJ, diz pesquisa do Procon
13/01/2025
(Foto: Reprodução) O levantamento foi feito em 12 papelarias e livrarias, entre os dias 2 e 8 de janeiro sobre os preços de 170 produtos. Preço de item da mesma marca pode variar mais de 900% nas lojas do Rio
O preço de um material escolar da mesma marca pode variar mais de 900% de uma loja para outra no Rio de Janeiro. Isso é o que diz uma pesquisa do Procon-RJ, que mostrou que para fazer economia tem que pesquisar a fundo.
O levantamento foi feito em 12 papelarias e livrarias, entre os dias 2 e 8 de janeiro. A pesquisa levou em conta preços de 170 produtos. Foi constatada uma variação de mais de 900% em um mesmo item do material escolar de uma loja para outra
A mesma borracha branca, por exemplo, foi encontrada por R$ 0,99 centavos em uma loja e por R$10,35 em outra. Uma diferença de mais de 900%.
O lápis preto número dois pode variar de R$1,49 até R$9,76. Mais de 500% de diferença.
Cola branca, canetinhas hidrográficas e giz de cera também são vendidos a preços bem diferentes nas lojas, com variação acima de 200%. O apontador de plástico com depósito tem uma diferença entre o menor e o maior preço de mais de 150%.
O levantamento foi feito em 12 papelarias e livrarias, entre os dias 2 e 8 de janeiro sobre os preços de 170 produtos.
Reprodução/TV Globo
Josiele Abreu, que trabalha com marketing digital, anota tudo em um caderninho e faz a comparação de loja em loja.
“Comecei agora por aqui fazendo uma pesquisa de preço. Ainda vou fazer em outras lojas para bater, para saber o que tá mais em conta”, disse.
Já a estratégia da Thami Zuccheto, autônoma, foi de antecipar as compras para dezembro. Nesta segunda (13), ela só foi conferir se faltou algo importante.
“Comecei a comprar final de dezembro para janeiro, começo de janeiro porque a gente não pega aquele boom de pessoas e o valor fica bem mais em conta. Eu consegui economizar mais ou menos uns R$350, é um dinheirinho, né”, conta.
A Gabriela Araújo mora na Tijuca, Zona Norte do Rio, mas faz questão de sair cedo de casa para bater perna na Saara, no Centro da cidade.
“Geralmente eu venho sempre para a cidade que é um local mais em conta. Eu adoro vir aqui porque aqui o precinho é bem que cabe no bolso. Às vezes você vai comprar dois (em outro lugar), aqui você compra cinco”, explica Gabriela.
De acordo com o Procon, caso o produto não esteja com preço exposto, o estabelecimento pode ser multado.
”É essencial comparar preços em diferentes lojas, pesquisar a reputação de sites antes de comprar online e sempre exigir a nota fiscal. Se encontrar práticas abusivas, denunciem à Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (Sedcom) e ao Procon-RJ. Proteja sem bolso e seus direitos”, explica Gutemberg Fonseca, secretário estadual de defesa do consumidor.
Os consumidores dão dicas de como economizar.
“Vou comprar pouquíssimas coisas, porque vou reaproveitar material do ano passado, a gente faz isso, né”, aponta Josiele.
“É pechinchar, gente. Não tem vergonha”, diz Gabriela.
