Justiça marca início do julgamento do presidente do TCE por suposto esquema de rachadinha
13/01/2025
(Foto: Reprodução) Ex-deputado e atual membro da Corte de Contas do estado, Márcio Pacheco é acusado de comandar um suposto esquema de corrupção em seu antigo gabinete, quando era deputado estadual, na Alerj. Audiência de instrução e julgamento está marcada para 4 de fevereiro. Ele responde por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ex-deputado estadual Márcio Pacheco
Reprodução/ TV Globo
O juiz da 2ª Vara Criminal Especializada, Juarez Costa de Andrade, do Tribunal de Justiça do Rio, marcou para o próximo dia 4 de fevereiro a audiência de instrução e julgamento do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Márcio Pacheco, pelo caso conhecido como rachadinha.
Márcio Pacheco é acusado de comandar um suposto esquema de corrupção montado no seu gabinete, quando era deputado estadual, na Assembleia Legislativa (Alerj). Ele responde por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo o MP, o esquema de rachadinha no gabinete do deputado desviou mais de R$ 1 milhão, entre 2016 e 2019.
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A suspeita de prática criminosa por parte do atual conselheiro do TCE surgiu em um relatório de inteligência financeira de 2018, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O ex-deputado estadual foi o primeiro parlamentar denunciado por rachadinha. Segundo a denúncia do MP do Rio, os assessores de Márcio Pacheco chegavam a devolver 97% da remuneração ao chefe do gabinete, apontado como homem de confiança do então deputado.
Na última quarta-feira, Pacheco tomou posse como presidente do TCE para o biênio 2025/2026. Ele foi eleito, por unanimidade, em outubro do ano passado.
A indicação foi do governador Cláudio Castro, que começou sua trajetória na política pelas mãos Pacheco, de quem foi chefe de gabinete por 12 anos na Câmara de Vereadores e depois na Alerj.
Em nota, a defesa de Márcio Pacheco informou que o processo tramita em caráter sigiloso. O presidente do TCE reitera sua "plena confiança na Justiça e está certo de que os fatos serão devidamente esclarecidos dentro dos parâmetros legais".
