Jovem baleada pela PRF respira sem aparelhos, sente os membros e se comunica: 'Surpreendeu a equipe do hospital', diz médico
04/01/2025
Ela estava no carro com a família quando foi baleada na cabeça por policiais na Véspera de Natal. Vídeo mostra o momento em que baleada pela PRF reage a estímulos no CTI e emociona a mãe
A recuperação da jovem Juliana Rangel, baleada na cabeça por policiais rodoviários federais na BR-040 na véspera do Natal, surpreendeu a equipe médica do Hospital Adão Pereira Nunes, que fica em Saracuruna, onde a moça está internada.
Juliana está consciente, sente os membros, responde a estímulos e conversou com a família nesta sexta (3). Através de gestos labiais, ela disse que ama os familiares e que quer ir para casa.
De acordo com o médico, o projétil não acertou o cérebro da jovem, e a recuperação dela é boa considerando a gravidade dos ferimentos. Além disso, depois da retirada da sedação, ela não relatou dor para a equipe.
“Perguntei se ela estava sentindo alguma dor, ela negou pela cabeça, além disso pedi pra ela movimentar os membros inferiores e superiores e também encostei no pé dela e perguntei se ela tinha sensibilidade. Ela estava sentindo minha mão e apontou”, conta o médico Thiago Resende, diretor da unidade hospitalar.
Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040
Reprodução/TV Globo
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"Isso mostra que além da cognição, além da interação com o meio interno e externo, ela também está com os movimentos preservados. Ainda não dá pra definir sobre a fala dela porque ela está sedada, mas o prognóstico dela é muito bom. Juliana teve uma operação excelente, que surpreendeu inclusive a equipe médica do hospital", completa.
De acordo com o médico, a jovem deve ir para a enfermaria na próxima semana.
Para a família, a recuperação é o renascimento da jovem.
Relembre o caso
O carro da família de Juliana, de 26 anos, foi atingido por tiros quando passava pela Rodovia Washinton Luís, na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Eles estavam indo passar o Natal na casa de parentes em Niterói.
Os tiros foram disparados por três agentes. Segundo a PRF, todos estão proibidos de atuar em operações por tempo indeterminado. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam o caso.
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