Coqueluche volta ao Rio após 2 anos; secretaria aponta baixa cobertura vacinal como uma das causas

  • 04/09/2024
(Foto: Reprodução)
Capital registrou 100 casos da doença só este ano. A Zona Sul é a região mais atingida (39). Desde 2021, a cidade do Rio não tinha registros de coqueluche. Mas este ano já foram registrados 100 casos da doença. O melhor caminho para evitá-la é a vacinação, mas a cobertura nos postos está abaixo da meta. Os sintomas são uma tosse seca, forte, persistente, muitas vezes acompanhada de chiado. Ela vem em crises, que podem acontecer várias vezes ao dia e durar até seis semanas. “São episódios recorrentes, uma tosse curtinha, com dificuldade de inspiração, que se confunde com outras viroses respiratórias, como a bronquiolite, ou como crises de asma”, explica a infectologista e pediatra, Patrícia Guttmann. O Rio de Janeiro não tinha casos de coqueluche desde 2021. Mas esse cenário mudou. Em 2024, já foram registrados 100 casos da doença na capital fluminense. O número é maior do que a soma de todos os registros de 2016 até 2023 (94). A Zona Sul é a região da cidade com maior incidência (39), seguida por Barra e Jacarepaguá (24), Méier e Inhaúma (13), Tijuca (10) e Penha, Ramos e Ilha (7). A faixa-etária com mais casos é formada por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos (40 casos). Casos de coqueluche na cidade do Rio Reprodução/TV Globo A vacina que imuniza as crianças contra a coqueluche é a pentavalente, que também protege contra outras doenças, como difteria e tétano. Para os bebês, a recomendação é que sejam administradas três doses — aos dois meses, aos quatro e aos seis meses de idade. Depois, aos 15 meses e aos 4 anos de idade, as crianças recebem reforço contra a coqueluche, com a vacina DTP. Nesta quarta-feira (4), a pequena Isabela, de 4 meses, recebeu a segunda dose da pentavalente. “Desde que a gente saiu do hospital, a gente tem essa preocupação. Acho muito importante ela ter todas as vacinas em dia”, fala a mãe da menina, Natália Xavier. No município do Rio, a cobertura da vacina pentavalente está abaixo da meta do município. Até agora, 87,72% do público-alvo foram vacinados. A meta é de pelo menos 95%. A maior preocupação é com os bebês pequenos, que podem desenvolver quadros mais graves. Por isso, é fundamental que as gestantes também estejam vacinadas contra a doença. E isso também vale para profissionais de saúde de maternidades e UTIs neonatais e para quem trabalha em escolas ou creches com crianças de até 4 anos.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/09/04/coqueluche-volta-ao-rio-secretaria-aponta-baixa-cobertura-vacinal-como-uma-das-causas.ghtml


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