PMs acusados por morte de jovem no Morro da Providência vão a júri popular quase 10 anos depois

  • 24/04/2024
(Foto: Reprodução)
Em 2015, os militares foram presos após um vídeo mostrar os agentes mexendo na cena do homicídio de Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, em um dos becos da comunidade. Três acusados são julgados nesta quarta. Eduardo Felipe Santos Victor tinha 17 anos Reprodução / Facebook Três policiais acusados pela morte de Eduardo Felipe Santos Victor são julgados por um júri popular nesta quarta-feira (24). O adolescente tinha 17 anos quando foi morto a tiros em um beco do Morro da Providência, em setembro de 2015. Na época, testemunhas disseram que ele já tinha se rendido e pediu para não morrer. A sessão de julgamento teve início pouco depois de 13h no 2º Tribunal do Júri, no Centro do Rio. Este mês, a morte completou 9 anos. Paulo Roberto da Silva, Pedro Victor da Silva Pena e Gabriel Julião Florido são julgados por homicídio e fraude processual, por terem alterado a cena do crime. Em 2019, a Justiça absolveu cinco PMs suspeitos de alterar a cena do crime após a morte do jovem, mas, após um recurso, três deles são julgados novamente. Imagem mostra PMs mexendo na cena do crime na Providência Reprodução Alteração na cena do crime Eduardo estava em um beco da comunidade quando policiais fizeram uma incursão no morro. Uma arma foi apreendida, e o adolescente foi apresentado como integrante do tráfico de drogas à polícia. Os policiais foram presos meses depois, quando uma filmagem veio à tona. O vídeo, feito por moradores, mostra os militares mexendo na cena em que o adolescente foi morto. Nas imagens, é possível ver que um dos militares colocou uma arma na mão de Eduardo e fez dois disparos para o lado, aparentemente simulando um confronto. Antes, um outro policial já havia feito um disparo com sua própria arma, para o alto. Os moradores que gravaram o vídeo narraram a cena e disseram que ainda ouviram o jovem gritar de dor. "Eu ouvi o moleque falando: 'Ai, ai, ai, para, ai, ai, ai, para'", diz uma testemunha. "Eu levantei no primeiro tiro. Ele botou à queima-roupa. Olha lá o garoto cheio de sangue", narrou. Uma testemunha disse, em entrevista ao RJTV, que Eduardo tinha ligação com o tráfico e que estava armado, mas que tentou se render e não reagiu. Veja reportagem completa sobre a absolvição dos acusados: Justiça inocenta PMs acusados de forjar cena de crime no Morro da Providência

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/04/24/juri-popular-morte-jovem-morro-da-providencia.ghtml


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