Homem preso por estupro e cárcere privado no Rio foi chefe de gabinete em banco e estudou na China

  • 18/04/2024
(Foto: Reprodução)
A vítima denunciou que foi mantida sob tortura e ameaça por 18 horas. Mulher só escapou porque tinha avisado a amigos que iria a um encontro, e, como ela compartilhou a localização, um deles foi até o endereço do homem e a resgatou. Homem é preso por estupro e cárcere privado O homem que foi preso por estupro e cárcere privado na Zona Sul do Rio nesta quinta (18) já trabalhou como chefe de gabinete em um banco de Minas Gerais e em uma agência do governo de São Paulo. Lucas José Dib, de 35 anos, é mineiro, formado em Finanças e estudou em duas universidades chinesas. Antes, cursou Ciências Políticas e Filosofia em faculdades nacionais. Ele atuou como chefe de gabinete da presidência do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e do Desenvolve SP — a agência de fomento do Governo de São Paulo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Em seu perfil em uma rede social, ele diz ser diretor de Relações Externas, Captação, Comunicação e Eventos. Lucas foi preso por estupro, cárcere privado, ameaça e tortura em casa, em Botafogo. Em depoimento à polícia, a vítima contou que Lucas disse que iria usar sua influência política, caso ela decidisse denunciá-lo. O homem “dizia que era uma pessoa influente e que conhecia um embaixador e ministros” e que “tinha uma empresa que sequestra mulheres para que sejam fornecidas e subjugadas por pessoas influentes”, contou a vítima. Tortura e abusos sexuais A vítima, uma mulher de 31 anos de SP que estava a passeio no Rio, relatou que foi estuprada e agredida durante 18 horas no apartamento dele, impedida de sair e de pedir ajuda. Ela conta que o conheceu dias antes em um aplicativo de namoro e aceitou encontrá-lo. Segundo o depoimento, ela “permaneceu pelada e torturada por Lucas” das 2h às 20h de 4 de abril, sem comer e obrigada a tomar drogas para não dormir. As relações não consentidas foram sem camisinha. Ela só escapou porque tinha avisado a amigos que iria ao encontro, e, como ela compartilhou a localização, um deles foi até o endereço e a resgatou. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) confirma o estupro e agressões “por ação contundente”. O g1 tenta contato com a defesa de Lucas. Lucas José Dib Reprodução O que disse a mulher A mulher contou que estava hospedada na casa de uma amiga, na Barra da Tijuca, e combinou de encontrar Lucas em um bar na Rua Arnaldo Quintela, em Botafogo; Os dois chegaram por volta das 21h30 de 3 de abril e foram a pelo menos 4 bares na região. Em um deles, se beijaram; Por volta da meia-noite, Lucas a convidou a subir ao apartamento dele, em um condomínio perto dali, na Rua Voluntários da Pátria; Na sala, a mulher encontrou um equipamento de DJ, e Lucas disse que iria tocar para ela; “Lucas demorou um bom tempo até beijar a declarante em seu apartamento. Contudo, no momento que se beijaram [por volta das 2h], Lucas prontamente começou a apresentar um comportamento estranho”, narra o termo de declaração da vítima; O homem lhe enforcou com uma das mãos e disse: “Agora é a minha hora, e você não vai sair mais daqui!”. A mulher foi obrigada a se ajoelhar. “Eu vou acabar com você! Você vai apanhar muito!”, prosseguiu Lucas, ameaçando-a de morte; Os estupros começaram pouco depois das 2h. A mulher “a todo momento tentou se desvencilhar de Lucas”, mas estava presa pelos braços; A mulher disse que chegou a gritar por socorro, mas “a todo momento Lucas manteve o som relativamente alto” a fim de que vizinhos não ouvissem o que ocorria dentro do apartamento. Mesa de DJ, algemas e outros brinquedos sexuais na casa de Lucas Reprodução Drogada e sem comer As horas se passaram, e Lucas a forçou a consumir drogas, que a vítima acredita ser ecstasy. “Lucas chegou a enfiar droga com a mão na boca da depoente dizendo que aquilo era para ela não dormir”, diz o depoimento. “Lucas constantemente cuspia no rosto dela e não permitia que se alimentasse”; Já no início da tarde, a fim de não sofrer mais agressões, a mulher percebeu que “precisava fazer o jogo psicológico de Lucas” e parou de resistir; Às 18h30, foi o ato mais violento. Lucas “amarrou um cinto no pescoço dela, como se fosse um animal em uma coleira, e lhe estuprando novamente”; O homem “dizia que era uma pessoa influente e que conhecia um embaixador e ministros” e que “tinha uma empresa que sequestra mulheres para que sejam fornecidas e subjugadas por pessoas influentes”.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/04/18/homem-preso-por-estupro-e-carcere-privado-no-rio-foi-chefe-de-gabinete-em-dois-bancos-e-estudou-na-china.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Anunciantes