Corpo da carnavalesca Rosa Magalhães é velado no Palácio da Cidade

  • 26/07/2024
(Foto: Reprodução)
Despedida é aberta ao público e vai até as 16h. Artista morreu na noite de quinta-feira (25), aos 77 anos, após sofrer um infarto. Ela colecionou títulos na Imperatriz, Vila Isabel e Império Serrano. Parentes e amigos se despedem da carnavalesca Rosa Magalhães O corpo da carnavalesca Rosa Magalhães é velado, na tarde desta sexta-feira (26), no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. A cerimônia acontece até as 16h e é aberta ao público. O enterro será às 16h30 no Cemitério São João Batista, também em Botafogo, mas em cerimônia restrita a familiares e amigos próximos. Rosa morreu na noite desta quinta-feira (25), aos 77 anos. Ela foi vítima de um infarto. Campeã absoluta da avenida, Rosa colecionou sete títulos ao longo de mais de 50 anos de Carnaval. Um dos primeiros a chegar ao local foi o carnavalesco e comentarista dos desfiles das escolas de samba da TV Globo, Milton Cunha. “Primeiro, a alegria, a honra, a sorte nossa de ter convívio com uma mulher dessa qualidade. Ela trazia suas referências e grandes histórias para a Sapucaí. Ela é motivo de orgulho para nós sambistas, nós da cultura popular. Ela deixa a prova que você estudando, se organizando, vira um grande artista. Deixa um buraco enorme no nosso coração. Obrigado, professora, a senhora foi o máximo. Vai na luz.” Milton Cunha se despede de Rosa Magalhães Henrique Coelho/g1 Rio Escolas como Portela e Mocidade, a Ação da Cidadania e várias personalidades ligadas ao mundo do samba, como Kátia Drummond e Leandro Vieira, da Imperatriz, enviaram coroas de flores. João Vítor Araújo, atualmente na Beija-Flor, foi carnavalesco da Paraíso do Tuiuti, e assinou com Rosa o último carnaval dela, em 2023: "Mogangueiro da cara preta." “Eu acho que todos os carnavalescos tiveram a Rosa como fonte de inspiração. Todos nós artistas tivemos essa inspiração para que no futuro estivéssemos aqui. O Brasil perde a maior artista popular de todos os tempos”, disse Araújo. Corpo de Rosa Magalhães é velado no Palácio da Cidade Henrique Coelho/g1 Rio O jornalista e amigo Fábio Fabato definiu a carnavalesca como uma artista do tamanho de Portinari e Tarsila do Amaral, pela sua forma de contar histórias como só os brasileiros conseguem. “Existe uma forma brasileira de narrar, que é o desfile de escola de samba. E ela foi simplesmente a melhor. Se a gente pode definir quem foi a Rosa Magalhães: uma descobridora dos Brasis que às vezes não nos contam”. Também prestam homenagens carnavalescos de várias agremiações. A Velha Guarda da Imperatriz Leopoldinense levou a bandeira da agremiação pela qual Rosa Magalhães conquistou cinco títulos como carnavalesca: 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. Leandro Vieira, carnavalesco da Imperatriz Leopoldinense, disse que o sentimento de quem descobriu o carnaval através de Rosa Magalhães é de orfandade com a morte dela. “A Rosa é a mãe dessa geração. Ela também é um verbete do que é ser um carnavalesco. Ela é a régua do que é a justa medida do que é ser bom na contação de história, na produção de fantasia, na farra carnavalesca, que pode alegrar, que pode ensinar, que pode denunciar”, disse Leandro, que também definiu a importância de Rosa Magalhães para a Imperatriz Leopoldinense: “Ela mostrou para os componentes e para os torcedores o que é a Imperatriz disposta a vencer: o que deve cantar a Imperatriz que quer ganhar. A Rosa é o gabarito da história da Imperatriz Leopoldinense". Velha guarda da Imperatriz Leopoldinense Henrique Coelho/g1 Rio Corpo de Rosa Magalhães é velado no Palácio da Cidade Henrique Coelho/g1 Rio Corpo de Rosa Magalhães é velado no Palácio da Cidade Henrique Coelho/g1 Rio Milton Cunha se despede de Rosa Magalhães Henrique Coelho/g1 Rio ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias do g1 Rio no WhatsApp Consagração na Sapucaí Rosa é a carnavalesca com mais títulos no Sambódromo do Rio de Janeiro. Ela começou a carreira como assistente, em 1970, no Salgueiro. No ano seguinte, a escola foi campeã. Em 1982, Rosa se tornou campeã pela primeira vez como carnavalesca, no Império Serrano. Ao lado de Lícia Lacerda, venceu com “Bum bum paticumbum prugurundum”. Em 1987, também ao lado de Lícia Lacerda, sacudiu a Sapucaí com “Ti-ti-ti do sapoti”, levando a Estácio ao quarto lugar. Rosa Magalhães, campeã absoluta do carnaval, morre no Rio de Janeiro Cinco anos depois, com a morte de Viriato Ferreira, Rosa passou a assinar sozinha o carnaval da Imperatriz Leopoldinense. A carnavalesca fez história na escola, conquistando cinco títulos (1994, 1995, 1999, 2000 e 2001). O último título foi em 2013, na Unidos de Vila Isabel. Em 2023, Rosa foi carnavalesca no Paraíso do Tuiuti, conquistando o oitavo lugar. Além do Carnaval, Rosa venceu um prêmio Emmy na categoria figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. REPERCUSSÃO: ‘Maior campeã’, ‘eterna professora’, ‘capacidade única’ PERFIL: Rosa colecionou títulos e venceu Emmy Já em 2016, a carnavalesca foi responsável pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio. A festa teve Martinho da Vila cantando "Carinhoso" e muito samba. Rosa também trabalhou como cenógrafa de várias novelas e séries da TV Globo. A carnavalesca Rosa Magalhães Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/07/26/velorio-carnavalesca-rosa-magalhaes.ghtml


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